Quando comecei este post, supostamente seria um considerável texto dissertativo a este fórum. Mas quem me conhece, já sabem que não domino muito bem tal técnica de escrita - tampouco possuo o dom da síntese. Não que eu não me sinta muito bem-vindo por causa do tema, muito pelo contrário, mas porque, sendo eu um deficiente auditivo, me sinto mais à vontade de publicar minha opinião sobre a matéria.
Para quem não sabe o que são Closed Caption e LIBRAS
Imagine um programa de rádio para surdos. Isso mesmo, não é uma brincadeira. A preocupação em universalizar a comunicação aliada à tecnologia pode fazer verdadeiros milagres. Por enquanto, as principais emissoras televisivas brasileiras já estão utilizando o recurso Closed Caption, sistema que permite a leitura do conteúdo do texto, dito por atores e apresentadores, em tempo real e pode ser acionado por um simples comando no controle remoto, mas poucas pessoas sabem que têm o dispositivo em seus aparelhos de televisão. Para que o Closed Caption funcione, as emissoras responsáveis pela transmissão da programação precisam enviar o sinal. E, como vocês devem ter deparado, utilizam até a Linguagem Brasileira dos Sinais (Libras). São dois meios de tradução simultânea destinadas para pessoas com necessidades especiais, assim como eu.
Certo dia, perguntaram-me se eu tinha gostado das traduções simultâneas de LIBRAS que estavam aparecendo com certa freqüência nas propagandas eleitorais. Refleti muito no assunto e, como tem muitas pessoas que gostariam de saber também, tomei a liberdade de publicar minha opinião sobre o assunto aqui.
Pode-se dizer que eu tenha gostado bastante da oportunidade de poder se informar bem melhor do que aquela tentativa frustrada de conseguir praticar a leitura labial em alguns políticos (nem todos "movimentam" bem os lábios abertamente). Mas, como todas as coisas boas também apresentam suas desvantagens, atrevo-me a dizer que não é uma opção mais viável a ser escolhida como padrão do sistema de tradução simultânea, pois existe deficientes auditivos oralizados que sabem apenas o básico da LIBRAS (que é mais ou menos o meu caso) – tampouco a conhecem ou utilizam uma linguagem própria e diferenciada, isto é, criada por ele mesmo por exemplo.
Já no caso do recurso Closed Caption, pode-se afirmar que a grande parte da população surda brasileira entenderia melhor e que ajudaria muito a ampliar o horizonte do vocabulário e da gramática portuguesa daqueles que enfrentam dificuldades com a escrita e leitura.
Mas, de qualquer modo, se estes dois métodos ajudam os necessitados a entender no que se passa pela televisão, já é um bom começo.
Clique aqui para saber das leis que promove as traduções simultâneas de Libras
Marcadores: Olho crítico